O Sr.Fernando Leão está a fazer um bom trabalho?

06/03/08

Pianos permanecem no Museu Convento dos Lóios

Dezassete artistas. George Brecht, John Cage, Giuseppe Chiari, Philip Corner, Geoffrey Hendricks, Juan Hidalgo, Dick Higgins, Joe Jones, Mauricio Kagel, Milan Knizak, La Monte Young, George Maciunas, Ben Vautier, Walter Marchetti, Ben Patterson, Daniel Spoerri, Wolf Vostell. Todos eles deram a sua contribuição para a transformação dos pianos em peças de arte. O resultado está patente no Museu Convento dos Lóios até ao final deste mês. De terça a sexta-feira das 9h00 às 17h00 e ao fim-de-semana entre as 14h30 e as 17h00. A entrada é livre.
“Pianofortissimo”. Foi o nome escolhido para esta mostra do movimento artístico internacional Fluxus. Com o dadaísmo a correr-lhe nas veias, esta corrente artística tem vindo a defender que a arte, quando nasce, é para todos. Por isso, o piano surge como um símbolo da elite que se desconstroi com objectos do quotidiano para o aproximar dos observadores.
Há anões coloridos em cima de pianos. Cordas paradas pela força do betão. Electrodomésticos ligados às teclas do instrumento de cordas. O músico John Cage, um dos pais do Fluxus, vira um piano ao contrário e coloca-o sobre camadas de tecidos coloridos. Há milhares de luzes que dão a noção da forma, mas escondem o objecto. Há pianos manjedouras. Há um céu no tampo. Há 16 pianos espalhados por três salas do Museu Convento dos Lóios.
“Os pianos que os artistas têm manipulado, desmembrado, reconstruído, preparado, invertido, florescido, pintado, cimentado ou destruído, perante o meu olhar, desenvolvem a concepção de fazer arte que sempre tem iluminado as coisas do mundo, reconvertido o sentido dos objectos e situações enclausuradas e prisioneiras da sua história exclusiva” - sublinha Gino Di Maggio da Fundação Mudima, no catálogo da exposição. “A intervenção dos artistas sobre os pianos, desde sempre símbolo elitista e exclusivo da música clássica de nobre tradição, abre novos e inusitados caminhos, recolocando o instrumento musical no vórtice da vida, descendo do pódio sublime onde se encontra e se toca” - acrescenta o responsável.

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